Crônicas da atualidade e de uma época remota que se remonta na realidade em formas de fatos históricos e literário com o toque da poesia. APÓS A LEITURA - CLIQUE NO LINK NO FINAL: - POSTAGENS MAIS ANTIGAS

SUBTRAÇÃO

LADRÕES: A culpa está nos altos impostos e na perda de sustento mensal do salário mínimo. Quem tem “barriga cheia”, casa pra morar, locomoção e taxas em condições de pagar, não precisa de mais nada. O salário mínimo, já foi salário da família; atualmente, nem pessoal o é.

IMPOSTOS: Por que existem de vários valores como, 40%; 17% etc. Por que existe imposto de produção e comercial tão alto? 10% seriam o suficiente pra tudo: “O dízimo do governo”; já que criticam tanto o dízimo eclesiástico, que é voluntário. Um governante pode dar uma despesa mensal de ± cem mil reais com salário, assessores, locomoção etc. São vários... Muito dinheiro que poderia fortalecer o salário mínimo.

DIVISÃO DA RENDA: Se existir o salário familiar, que cubra moradia fixa, alimentação etc., vai diminuir 90% dos ladrões; produtores e comerciantes de coisas químicas e tóxicas. Ninguém quer viver perigosamente! É uma questão de inteligência!

PROVOCAÇÃO


     Provocação é um aspecto de tentação. Notadamente visa estimular o orgulho e a presunção. Somos provocados no saber, na competência e na força do poder. Visa também causar inibição, depreciando vários aspectos da aparência física, mostrando detalhes visíveis e até alguns quase imperceptíveis. Somos provocados todos os dias da nossa vida, de nossa existência. Precisamos aprender os métodos das relações humanas, em informações contidas nos livros da literatura, nas pesquisas escritas, vividas, passadas e repassadas. Saber escapar das provocações é se tornar sábio a cada dia que passa, para poder continuar vendo os dias passar, vivendo até quando Deus quiser.
     Dificilmente se consegue pesquisar em fontes primárias, os aspectos do tema. Quando alguém sofre um determinado aspecto de provocação, procura sempre se livrar o mais depressa possível, a fim de, esquecer aquele momento de angústia, para poder retomar o estado social de bom-humor. A meditação é o veículo da terapêutica neste caso. Terapêutica vem do grego para definir sobre a cura através de veículos como, medicamentos e/ou estímulos do mecanismo natural do ser, no que diz respeito aos hormônios; os agentes de defesas e, a manutenção relacionada no fator nutrir. Se alguém medita muito, dificilmente terá uma queda ou perda brusca de ácido ascórbico e outros componentes químicos que nutrem o organismo do ser vivo, principalmente, o do ser humano. Quando alguém sofre um aspecto de provocação, sofre instantaneamente uma perda considerável de vitamina C, em seu organismo. Poderá ficar constipada, resfriada, gripada e, daí por diante surgir agravantes até ao óbito. A coisa é mais séria do que se imagina. Imaginação é algo grave que causa também perdas de nutrientes, que podem levar até a loucura. Precisamos meditar apreciando o que é belo e dócil da natureza como, o verde das folhas em suas matizes revelando outras cores nos frutos; os pássaros soltos; o espaço celeste com seu azul e branco durante o dia e, à noite com o luar junto das estrelas. Pensar e falar com Deus também é meditar: é meditar na vida espiritual que vai muito além da vida física, que depende da saúde da mente, para permanecer intacta até o dia final de cada ser humano em particular.
     A revelação das reações realiza os objetivos dos provocadores. É por isso que, Salomão, o grande conselheiro do passado disse: - “Sábio é aquele que se cala”. Entendemos que, é no sentido de não discutir. Discutir é argumentar. Na realidade, é “dar confiança”, que é, dar atenção a tolos. Outro aspecto provocativo em forma de provérbio: - “Quem cala consente”. Neste caso, ficamos com Salomão!
     Conclusão: Ninguém é melhor do que ninguém debaixo do sol. “O sol é para todos”. Quem abusa do sol, é tostado por ele, pois até ele exige respeito. Quanto mais o Criador de tudo. Ame ao seu próximo como a você mesmo. Devemos lembrar sempre da história do rico e Lázaro. A recompensa no final da vida é ciência exata. Não devemos provocar ninguém e nem, muito menos, aceitar provocação. A recompensa é certa, pois, quem planta, vai colher!



ESPERANDO UM FILHO


     Nem sempre a maneira de falar, quer dizer o que alguém quer entender. Muitas das vezes, a atenção está voltada para o que se pode ver. Um filho se espera desde antes de nascer. Todos os momentos da vida, pai e mãe esperam com uma certa ansiedade, a chegada de um filho que viaja, que está na escola, no trabalho ou mesmo, uma visita de vez em quando, já tendo casado e sendo pai ou mãe de outros filhos.
     Uma vez, viajava alguém para uma cidade mui distante, em um trem, onde todos os vagões já estavam lotados, por ser véspera de festas nessa cidade histórica. Essa cidade ficava, cerca de, sete horas de viagem da capital do estado. Havia possibilidade de viajar de ônibus, e muitos, a maioria, de naturalidade daquela cidade, outros cônjuges e filhos deles optaram por esse tipo de condução. Já, a facilidade e comodidade que o trem oferecia, era o fato de atravessar a cidade, tendo uma estação para embarque e desembarque. O ônibus, não conseguia chegar até aquela cidade.
     Sim! A respeito do trem lotado, havia uma senhora com um neto, sentados, bem instalados. Olhando sempre pela janela, estava o menino, apreciando as despedidas dos amigos e parentes dos passageiros... De súbito, foi interpelado pela vovó que dizia: filhinho, de o lugar a esta moça, ela está esperando um filho. Imediatamente, o menino obedeceu e, assim recebeu alguns afagos, daquela bela jovem senhora.
     O trem, ainda ficou quinze minutos na estação, desde que o menino cedeu o seu lugar à jovem gestante. A partir daí, o impertinente menino, não cessava de olhar para o corredor, quando de repente, o trem começa a embalar e vai partindo ao destino, para a bela cidade histórica. Então, o menino balança o ombro da referida moça e diz:
— Dona, se o seu filho não chegou até agora, ele não vem mais. Eu quero o meu lugar.
     Todos esperam por seus filhos. Às vezes, eles não vêm. Uns, nem voltam mais. O da gestante estava para chegar, não da forma que o menino interpretara.
- Jesus Cristo disse:... Eu e o Pai somos Um... (Jo 10.30). Deus espera por nós. O que estamos fazendo? “... Vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei...” (Mt 11.28).

PEÇONHENTOS


     São certos animais que reagem por picada ou mordedura. Figurativo: maliciosos e maldosos. Leonor com seu neto Jorginho, uma veterana, driblava a malícia e a maldade com sua sabedoria, advinda da experiência adquirida pelos anos já vividos. No entanto, demonstrava ter muito medo dos animais nocivos.
     Leonor Augusta da Silva tinha que andar entre os caminhos feitos pelos pés dos andantes, entre os matos. Os caminhos dos pobres ofereciam o verde ecológico, mas, não mostravam o perigo. O medo existia por insegurança em não saber o que estava pelos caminhos a serem percorridos para trabalhar e até festejar o dia de descanso em algum lugar, na procura de amigos e parentes. Jorginho, por sua vez, aventurava nos passos, a sua vida, em tempos de caminhada, pois, ele também tinha medo, porque sabia da existência dos peçonhentos.
     Um dia, o menino estava numa depressão do solo, num lugar coberto por arbustos que produzem quixabas. Essas frutinhas eram colhidas em uma canequinha para serem lavadas e consumidas. Num dado momento, ele depara com uma cobra que deslizava em sua direção. Então, num gesto de coragem e fé em Deus, Jorginho apontou a sua mão direita para o animal e o repreendeu. Incrível! O animal obedeceu à ordem e retornou à base, ao buraco do qual saíra. Não havia nesse menino, a conscientização de uma doutrina religiosa, muito menos, uma prática cristã ou conceito, mas, havia a fé única em Deus.
     A sabedoria dos mais vividos e os ensinamentos da Bíblia, lidos como registro para informar acerca do bem para a humanidade têm ajudado o menino que cresceu, a driblar a malícia e a maldade.
     Não existe dentro do ser humano uma glândula segregadora de peçonha, mas, existe um “coração” causador dos efeitos mencionados como: malícia e maldade.
(Mt 15.19; 19.8; 15.8; Pv 23.26; 1Jo 5.19).

TRABALHAR


     Emprego, no sentido de ação de trabalhar garantida, em que possa render honorário não há com muita facilidade. Todavia o ser humano foi feito para trabalhar sempre pela sua sobrevivência em sociedade. O fato de estar sempre ocupado elimina a possibilidade de ficar preocupado. Quem trabalha sempre alcança a felicidade. Na Bíblia, no evangelho escrito por Mateus capítulo 10:10, diz que, digno é o trabalhador do seu alimento.
     Salário, “sal”, que quer dizer, o da comida no caso do radical, e o restante, do dia-a-dia no decorrer do tempo contratual, que nós conhecemos atualmente como contratação remunerativa diária, semanal ou mensal. Além do trabalho que rende honorário existe o de manutenção da casa; além do formal existe o de caráter informal que pode ser realizado em casa diante de uma máquina de costurar; de editar textos, desenhar... Existem outras formas: Como fazer pães, bolos e comidas em embalagens térmicas. Existem as artes de pintar e confeccionar coisas. Trabalho sempre existirá.
     Normalmente trabalhamos para comer. É o emergente. Sem comer desfalecemos e, assim morreremos. Precisamos trabalhar para conseguir acesso à água potável; Trabalhamos também para as aquisições de panos para cobrir. Trabalhamos para comprar mesas e cadeiras; camas, colchões e travesseiros; fogão, geladeira, imagem e som; letras diante de um teclado; um casebre ou um “apartamento”. É mister que trabalhemos para poder pagar o preço da moradia no mundo, no planeta azul. Haverá o dia da recompensa remunerativa. Não devemos perder o nosso tempo. Trabalhamos para conquistar a nossa comida com água e os equipamentos necessários em nossas moradias.
     Para que serve a ambição? Será que ela cabe junto num “caixão” ou “urna mortuária?” Na Bíblia tem uma estória, uma parábola que ilustra bem esse assunto e, o tal personagem é chamado de louco. Jesus Cristo afirma que, o rico não entra no Reino do Céu. Existe até uma comparação de mostrar o impossível entre um camelo e um orifício minúsculo. Sobrevivência e fé. O Céu é a morada eterna!

RUMO CERTO


     Os momentos fazem histórias que, muitas das vezes, se perdem na imensidão do tempo onde a história segue o seu rumo, deixando os detalhes no anonimato. Não é possível registrar tudo que passa, nem esmiuçar em locais pequenos, em pequenas gentes ou em particular. Muita gente simples faz histórias importantes que se fossem contadas, ajudariam a mostrar o rumo certo de um viver salutar.
     Tonha morava na Margem da Linha Carangola. Era uma anciã de cútis clara, olhos azuis, estrutura física forte e cabelos longos, formando duas tranças que, enroladas, formavam dois coques.
     Sua casa era simples e confortável. Era elevada quase um metro, acredito, do nível da rua; de assoalho, tendo uma sala de frente, um corredor dando acesso a quartos, encerrando na cozinha, onde o chão era quase ao nível do quintal; sendo preciso descer uns degraus. Havia um fogão de alvenaria com chapa de ferro para uso de lenha. Havia cadeiras, mesas, armário, prateleiras cobertas de papel recortado, com arte, também, canequinhas onde tomavam café com bolo, broa, batata-doce e aipim. Ali as histórias eram contadas por Tonha e a visitante Leonor.
     Havia um grande quintal, muito largo do lado esquerdo da casa, extenso para os fundos, havendo um estreitamento como uma ruela que dava acesso a um poço d’água muito fundo. Uma vara de bambu com uma lata na ponta era o instrumento para apanhar água. Nesse quintal havia galinhas com seus pintinhos e gatos, que também promoviam o bem-estar de quem morava e de quem visitava aquela casa.
     Achamos que, esse tipo de convivência não está existindo mais, por causa dos programas diversos da vida atual. Os receptores limitam os diálogos.
     O rumo certo pode ser, a sabedoria advinda das experiências vividas sem decepções, constrangimentos ou medo. Consiste em saber contornar as situações, evitando um confronto com resultados negativos. Os aspectos positivos são as relações humanas: respeito, humildade, compreensão, auto-análise, franqueza discreta, atenção, fidelidade, lealdade e pontualidade. Tudo isso, com simpatia no natural e timbre de voz normal. Podendo até sorrir, porém, sem causar constrangimento. Nunca pensar em vencer um diálogo, nem interromper. Saber ouvir é o lema. Memória no sentido de guardar os nomes dos amigos e suas datas importantes. Isso é fazer histórias. É o rumo certo de um viver salutar!
     Podemos ouvir os conselhos sábios daquele rei, que um dia foi sábio para a Glória de Deus. Provérbios de Salomão diz: “Em todo tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão. O homem que tem muitos amigos pode congratular-se; mas há amigo mais chegado do que um irmão”. (l7. 17; l8. 24).

AMIZADE


     “Amizade não tem preço”. É uma expressão usada, para mostrar o alto valor, em se ter alguém, para dedicar alguns momentos de nossa vida.
     Há um provérbio Bíblico que diz: “Há amigo mais chegado do que um irmão”. Amizade não vê as diferenças. Amizade é coisa do bem. Amizade é coisa da vida; desta vida aqui, que tem princípio e fim. Sempre há um fim de tudo, antes do fim de uma vida. Tivemos muitos amigos autênticos e outros, apenas, temporários por questões de amistosidade. Sempre, ou na maioria das vezes, uma amizade vem ou provém de uma apresentação, que é a rotina da comunicação pessoal. A amizade autêntica não vê nada, apenas, escuta o tom suave e meigo da razão, equilibrando as emoções adversas das obras da carne, do estado físico, promovendo um teor salutar que provém da alma. Muitas das vezes, não queremos ou mesmo, não podemos ajudar alguém, mas, a alma impulsiona as emoções. Como se exprimisse num cântico emocionado por uma inspiração profunda: - eu preciso de ti! Não posso perder a oportunidade de me aproximar cada vez mais de ti. Sirvo do que tenho, ou do que posso arranjar para te alegrar. Eu te ajudo e procurarei sempre te ajudar. – O homem natural não sabe isso, somente a alma do ser especial.
     O amigo autêntico sabe respeitar os momentos de privacidade dos amigos. Sabe agendar, num equilíbrio das expectativas, administrar as ações sabendo compreender as reações. Temos os nossos momentos a sós, ou na companhia de intimidades restritas na forma de cônjuge. Avisar, perguntar, marcar o dia e horário, se faz necessário. Saber aguardar uma oportunidade, é o lema.

DESVIO


     Os caminhos padronizados atendem a necessidade de ir e vir. São ruas, ruelas, avenidas ou estradas. Tudo que proporciona a locomoção num espaço compatível para se chegar a algum lugar, formam os caminhos padrões para uso da sociedade. Todavia, muitos preferem os desvios para economizar esforço numa aventura que poderá render o tempo, não de vida, mas, o de sofrimento físico por um acidente; o moral; ou por invasão materiais.
     Quando falamos em desvio, ligamos o assunto num atalho de caráter primário, tratando-se de travessia em terrenos ou propriedades privadas, bem como, do governo. Isso nós já sabemos acerca dos riscos em pisar nos excrementos, furar os pés e partes do corpo com farpas de ferro. Todos correm riscos em ser mordidos por bichos, cães, ou chifrados por gados. Nós sabemos que, devemos nos desviar do mal. O desvio de uma verdade tem mostrado essa nova capacidade dos seres humanos. Mentir na realidade é a arte ou o artifício de enganar, ludibriando alguém para proveito de bens materiais; de deturpação da moral e dos bons costumes. Também com falsos ensinos de práticas culturais. Desviar da verdade é pregar a mentira. Para pregar é preciso falar. Quem desvia da verdade divina, pratica a impiedade, murmura com palavras torpes; é interesseiro, escarnecedor e exibicionista, mostrando a sensualidade, pregando a violação da castidade. Tudo isso, como justificativa diante dos seus erros ou necessidades frustradas.
     O escritor Eusébio, escrevendo acerca de Judas, irmão do Mestre, disse que, no ano 90, o imperador Domiciano atormentou os netos desse Judas, porque eles pregavam a verdade: “O Reino de Cristo não é deste mundo. Será manifestado na consumação dos tempos, quando Ele virá em Glória para julgar os vivos e os mortos”.
     O caminho certo é a amizade autêntica, porque sem ela não haveria vida. Morreríamos de solidão num estado profundo de angústia. Deus prepara os nossos amigos autênticos. São aqueles que não nos aborrecem, evitando constrangimentos. São aqueles que nos capacitam a sermos livres. Sem hipocrisia, mas, com sinceridade, em voz branda e tom suave. A sinceridade, diante do mundo, passa a ser transmitida através de atitudes da alma e do espírito. (Gl. 6).

SOPA DE CASCAS DE BATATAS


     Há muitos pobres; um mais do que outro. Alguns comem feijão com arroz, verduras e alguns legumes, outros nem isso, apanham restos dos outros; até cascas de batatas. Mesmo tendo uma casinha arrumadinha e um dinheiro de um valor correspondente para as taxas de água e luz, falta para a aquisição de alimentos no decorrer do mês.
     Dona Leonor plantava favas ao redor da cerca de arame do seu quintal. Havia também as ervas nativas, como bertalha, serralha, almeirão, jurubeba, taioba e outras plantadas. Bastava comprar meio quilo de arroz, feijão, farinha e algumas gramas de banha de porco. Comprava cem gramas de café, meio quilo de açúcar cristal para alguns dias e diariamente dois pães pequenos. Dona Leonor nunca tomou sopa de cascas de batatas. Tomava sopa de fubá com bertalha, temperada com alho, cebola, colorau e sal. De vez em quando, fazia uma sopa de legumes com as ervas do quintal e macarrão. Cantava enquanto costurava para fora, a fim de, conseguir o que o seu quintal não produzia. Andava vestida com vestido comprido, de um pano chamado chita... Dona Leonor viveu e morreu, sobrevivendo assim. Existiu uma outra Leonor que trabalhava numa associação de nível internacional, que não gostava de viajar de avião. Viajava de carro com um motorista, durante dias, ao passo que, se fosse de avião, viajaria uma hora e meia. Esses são os contrastes vividos pelas duas. Até acredito, que a primeira citada, se tivesse à oportunidade de viajar de avião, teria coragem e ficaria realizada com a experiência. Essa viajava de trem, de sua cidade para as roças da região e até um outro estado. Viajou de ônibus algumas vezes para as roças e dentro da cidade. Leonor não gozava do privilégio da luz elétrica, mas, tinha em sua casa água canalizada: pelo menos, havia uma torneira na “casinha” do lado de fora.
     Dona Albertina ficou sem dinheiro para a comida e as ervas estavam escassas, então, foi diante dos muros das casas dos ricos e dos bares que faziam “fritas”, apanhou cascas de batatas, nos baldes e as que estavam caídas pelo chão. Maristela, uma jornalista, viu e sentiu a necessidade de fazer uma matéria. Buscando a oportunidade de ajudar aquela anciã, Perguntou: - Senhora, por quê está recolhendo essas cascas de batatas? - É para fazer sopa, minha filha! - A senhora não tem aposentadoria? - Minha filha, isso não dá pra quase nada! Já até acabou e faltam doze dias para eu receber. - A senhora não tem filhos? - Tenho sim! Está no estrangeiro, nos Estados Unidos. - Ele não escreve pra senhora? - Escreve todo mês! Manda figurinhas para mim. Quer ver? - Dona! Isso são dólares! A senhora está rica.
Fazia anos que seu filho havia partido, mas, todo o mês, mandava muitos dólares, ele era bem sucedido.
     Existem as Leonores da vida, que sobrevivem, e as outras com medo de avião, mas, com recursos financeiros consideráveis. Mas, o que seria das Albertinas sem as Maristelas. No caso de Albertina, seu filho estava longe. Maristela devotou o amor ao próximo, e solucionou o problema de Albertina. (Mateus 22. 37-40; Lucas 10. 29-37).

DOIS ASPECTOS DA SOLIDÃO

     Não existem dois tipos de solidão, não há plural; existem razões
que levam alguém a essa situação.

     1º aspecto é o CONJUGAL: na Bíblia, encontramos referências sobre a solidão, já vista por Deus antes do homem se tornar um ser social. Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só (solitário), farei para ele uma adjuntora..."
Quando não há adjunto, embora havendo alguém no registro civil, tanto o homem, quanto a mulher, estão solitários; ou um deles está, porque o outro provavelmente tenha outro alvo; outra paixão, porque não tem amor próprio.
Quando nós nos amamos, também amamos o nosso próximo. A personagem adjuntora, é a pessoa mais próxima que existe. Daí ou dali por diante, para a vida social, temos os nossos próximos.

     2º aspecto é o SOCIAL: consiste em relações humanas, que é o ato e o fato de aceitar as pessoas conforme as suas atitudes e, tentar, pelo menos, conviver com elas ajudando-as com gestos e/ou orientações da educação. Nada de imposições e de opiniões. Só dentro dos limites dos pedidos, como um parecer, procurando orientar dentro da educação.
Aqui neste aspecto, existe a amistosidade e a amizade. Na amizade encontramos os nossos próximos e, com esses temos o dever de querer que eles sejam amados como nós queremos para nós mesmos. E assim controlamos a SOLIDÃO.